quinta-feira, 5 de maio de 2011

Paris

Cenário de cinema, diversão e arte, Canal Saint-Martin agrada a turistas e parisienses
Publicada em 05/05/2011 às 00h50m
Bruno Agostini

http://oglobo.globo.com/viagem/mat/2011/05/04/cenario-de-cinema-diversao-arte-canal-saint-martin-agrada-turistas-parisienses-924380897.asp

PARIS - O Canal Saint-Martin, no 10º arrondissement, foi construído por Napoleão, a partir de 1802, para levar água limpa para a região central de Paris. Na segunda metade do século XIX, serviu de cenário para pinturas impressionistas de nomes como Alfred Sisley, um dos destaques do acervo do Museu d'Orsay. Em 1936, Edith Piaf gravou uma música que celebrava o lugar e, dois anos depois, Marcel Carné filmava ali "Hôtel du Nord" - onde hoje há um ótimo restaurante, que mantém o mesmo nome. Na literatura, foi cenário de livros de autores como Georges Simenon. A região, um pouco afastada dos principais circuitos turísticos parisienses, é de fácil acesso de metrô. Ainda assim, não é um lugar muito frequentado por turistas, não há gente tirando fotos com câmeras ou celulares. Mas isso está mudando. Entre outras razões porque o bairro é celeiro de jovens estilistas e também reduto de alguns dos melhores restaurantes que integram o movimento chamado bistronomique, como Astier e Le Chateaubriand, que apostam na combinação entre comida de alta categoria, bom serviço e preços acessíveis (menus com até sete pratos ficam na faixa dos 40 euros). Também há muitos restaurantes étnicos, sempre bons e baratos, porque esta área é habitada por imigrantes, de olho nos aluguéis mais em conta. O Canal St-Martin apresenta margens perfeitas para um piquenique e é um resumo de Paris: plural, reúne história, cultura, moda e boa gastronomia. Só que com preços mais camaradas. Que tal duas taças de champanhe com tapenade e torradinhas por 12 euros?



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Koenigssegg CCXR - A verdadeira cana brava

Koenigssegg CCXR - A verdadeira cana brava

Movido a etanol, superesportivo sueco desafiou a supremacia em velocidade do Bugatti Veyron, com máxima de 415km/h, mas cobra R$ 6 milhões por isso

Caderno de Veículos - Estado de Minas

Publicação: 03/05/2011 14:47 Atualização:



http://correiobraziliense.vrum.com.br/app/301,19/2011/05/03/interna_noticias,43786/koenigssegg-ccxr-a-verdadeira-cana-brava.shtml



A Ferrari não tem como rival apenas a Lamborghini. Ambas despertam uma certa rivalidade, que motivou a criação de concorrentes menores, como é o caso da Pagani, instalada próxima às duas na Itália. Mas a concorrência não fica concentrada só ali e se espalha por outros países. Até na Suécia, terra dos práticos Volvo e Saab, que entrou no jogo em 2002, com a criação do primeiro Koenigsegg. De nome intrincado, a fábrica surgiu em 1994, ainda com o sonho de construir o superesportivo perfeito, nas palavras do criador Christian Erland Harald von Koenigsegg. Do primeiro protótipo do CC, de 1996, o projeto evoluiu até chegar à edição final, o CCXR. A pretensão já enquadraria o modelo na série Carros dos sonhos. Mas não é só bafo não: na prática, o carro realmente chega perto da perfeição.

Um paraíso nada tranquilo. O CCXR conta com motor V8 4.7 biturbo alimentado por etanol, capaz de desenvolver 1.100cv aos 7.000rpm, contra 1.018cv da versão a gasolina. O torque chega aos 110kgfm a 5.600rpm. A integração homem-máquina é como nas pistas, com câmbio manual automatizado de seis marchas, com paletas no volante. Toda a força é despejada tão somente nas rodas traseiras, com a ajuda de um diferencial autoblocante. O equilíbrio é incrementado pela distribuição de peso quase perfeita, de 45% para a dianteira e os restantes 55% na traseira. As suspensões também seguem a cartilha das pistas: duplos braços triangulares, amortecedores reguláveis e altura de rodagem ajustável eletronicamente.




Na hora de arrancar da imobilidade, as rodas traseiras aro 20 polegadas, calçadas com pneus 335/30, ajudam a transferir esse ímpeto, enquanto as dianteiras são aro 19 polegadas, com pneus 255/35. Ajuda necessária para ir até os 100km/h em 2,9 segundos. Em 8,75 segundos, pouco mais do que o tempo que um Fiat Punto T-Jet leva para chegar à mesma velocidade, o CCXR já cruza os 200km/h. E segue, se houver pista, até os 415km/h. Só perde para o Bugatti Veyron SS, que já foi aos 431km/h em teste, mas fica limitado aos mesmos 415km/h na prática.

ESCANDINAVO Os princípios aeronáuticos, presentes na capota envolvente de protótipo de pista, também se refletem no uso de compostos especiais, como fibra de carbono, que permite a obtenção de um peso reduzido aos 1.280kg. Para ter uma ideia, o chassi em forma de monocoque – um monobloco como nos carros de Fórmula 1 –, feito em fibra de carbono e alumínio em colmeia, pesa apenas 72kg, menos que um adulto médio. Já incluindo os tanques de combustível. A funcionalidade das formas permite dispensar um aerofólio mais alto e agressivo e, ainda assim, contar com downforce – força que gruda o carro ao solo – de 350kg aos 250km/h. Tudo graças aos túneis Venturi, que domam o ar que passa pela parte de trás do fundo do carro, plano na porção dianteira.
Modelo é feito com compostos especiais, como fibra de carbono e alumínio


São números que levam a crer que se trata de um carro que visa apenas ao desempenho. Contudo, a finalidade almejada pelo criador não tolheu o conforto no habitáculo. O interior mescla superfícies do painel revestidas em couro pespontado e detalhes em fibra de carbono. Nos bancos e volante, muito couro do tipo Alcântara, acamurçado, que adere melhor ao corpo e mãos. Na Europa, o CCXR deu lugar ao Agera, novo superesportivo da Koenigsegg. Talvez seja uma chance de garimpar um desconto, para tentar cair um pouco o preço de R$ 6 milhões do carro.
Funcionalidade das formas dispensa o uso de um aerofólio mais alto e agressivo