quinta-feira, 5 de maio de 2011

Koenigssegg CCXR - A verdadeira cana brava

Koenigssegg CCXR - A verdadeira cana brava

Movido a etanol, superesportivo sueco desafiou a supremacia em velocidade do Bugatti Veyron, com máxima de 415km/h, mas cobra R$ 6 milhões por isso

Caderno de Veículos - Estado de Minas

Publicação: 03/05/2011 14:47 Atualização:



http://correiobraziliense.vrum.com.br/app/301,19/2011/05/03/interna_noticias,43786/koenigssegg-ccxr-a-verdadeira-cana-brava.shtml



A Ferrari não tem como rival apenas a Lamborghini. Ambas despertam uma certa rivalidade, que motivou a criação de concorrentes menores, como é o caso da Pagani, instalada próxima às duas na Itália. Mas a concorrência não fica concentrada só ali e se espalha por outros países. Até na Suécia, terra dos práticos Volvo e Saab, que entrou no jogo em 2002, com a criação do primeiro Koenigsegg. De nome intrincado, a fábrica surgiu em 1994, ainda com o sonho de construir o superesportivo perfeito, nas palavras do criador Christian Erland Harald von Koenigsegg. Do primeiro protótipo do CC, de 1996, o projeto evoluiu até chegar à edição final, o CCXR. A pretensão já enquadraria o modelo na série Carros dos sonhos. Mas não é só bafo não: na prática, o carro realmente chega perto da perfeição.

Um paraíso nada tranquilo. O CCXR conta com motor V8 4.7 biturbo alimentado por etanol, capaz de desenvolver 1.100cv aos 7.000rpm, contra 1.018cv da versão a gasolina. O torque chega aos 110kgfm a 5.600rpm. A integração homem-máquina é como nas pistas, com câmbio manual automatizado de seis marchas, com paletas no volante. Toda a força é despejada tão somente nas rodas traseiras, com a ajuda de um diferencial autoblocante. O equilíbrio é incrementado pela distribuição de peso quase perfeita, de 45% para a dianteira e os restantes 55% na traseira. As suspensões também seguem a cartilha das pistas: duplos braços triangulares, amortecedores reguláveis e altura de rodagem ajustável eletronicamente.




Na hora de arrancar da imobilidade, as rodas traseiras aro 20 polegadas, calçadas com pneus 335/30, ajudam a transferir esse ímpeto, enquanto as dianteiras são aro 19 polegadas, com pneus 255/35. Ajuda necessária para ir até os 100km/h em 2,9 segundos. Em 8,75 segundos, pouco mais do que o tempo que um Fiat Punto T-Jet leva para chegar à mesma velocidade, o CCXR já cruza os 200km/h. E segue, se houver pista, até os 415km/h. Só perde para o Bugatti Veyron SS, que já foi aos 431km/h em teste, mas fica limitado aos mesmos 415km/h na prática.

ESCANDINAVO Os princípios aeronáuticos, presentes na capota envolvente de protótipo de pista, também se refletem no uso de compostos especiais, como fibra de carbono, que permite a obtenção de um peso reduzido aos 1.280kg. Para ter uma ideia, o chassi em forma de monocoque – um monobloco como nos carros de Fórmula 1 –, feito em fibra de carbono e alumínio em colmeia, pesa apenas 72kg, menos que um adulto médio. Já incluindo os tanques de combustível. A funcionalidade das formas permite dispensar um aerofólio mais alto e agressivo e, ainda assim, contar com downforce – força que gruda o carro ao solo – de 350kg aos 250km/h. Tudo graças aos túneis Venturi, que domam o ar que passa pela parte de trás do fundo do carro, plano na porção dianteira.
Modelo é feito com compostos especiais, como fibra de carbono e alumínio


São números que levam a crer que se trata de um carro que visa apenas ao desempenho. Contudo, a finalidade almejada pelo criador não tolheu o conforto no habitáculo. O interior mescla superfícies do painel revestidas em couro pespontado e detalhes em fibra de carbono. Nos bancos e volante, muito couro do tipo Alcântara, acamurçado, que adere melhor ao corpo e mãos. Na Europa, o CCXR deu lugar ao Agera, novo superesportivo da Koenigsegg. Talvez seja uma chance de garimpar um desconto, para tentar cair um pouco o preço de R$ 6 milhões do carro.
Funcionalidade das formas dispensa o uso de um aerofólio mais alto e agressivo

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