A palavra audiovisual resulta da aglutinação dos termos "áudio" e "visual" e refere-se:
a) "a tudo o que pertence ou é relativo ao uso simultâneo e/ou alternativo do visual e auditivo;
b) a tudo que tem características próprias para a captação e difusão mediante imagens e sons" (Cebrián Herreros, 1995: 53).
A palavra audiovisual pode designar duas realidades:
mera justaposição de dois termos sem estabelecer qualquer relação entre eles. Elementos autônomos que manifestam a sua presença numa grande variedade de meios de comunicação.
Exemplo: a fotografia, o disco, o telefone, o cartaz, o cinema mudo.
b) cria-se relação entre os termos para originar um outro produto. Exemplo: cinema sonoro, televisão, algumas aplicações multimídia.
1- o funcionamento baseado na primazia de um dos subsistemas
2- a integração do visual e auditivo no que Herreros denomina o audiovisual pleno - um sistema no qual não é possível examinar em separado cada um dos componentes se não quisermos destruir o sentido que transmitem.
Algumas formas em que o som pode ser utilizado em um audiovisual:
1 - Identificação imediata de um programa;
2 - Dar relevo a um personagem;
3 - Estimular a recordação de eventos;
4 - Criar "atmosferas";
5 - Proporcionar elipses juntamente com outros meios expressivos
6 - Relacionar-se com a expressão oral;
7- Definir um ambiente;
8 - Criar um contraponto.
As dimensões espaço-temporais
1 - Primeiríssimo plano - Reflete intimidade.
2 - Primeiro plano - Reflete um nível conversacional entre pessoas pouco distanciadas e pouco íntimas.
3 - Plano geral - Reflete um distanciamento maior (ou amplificação menor), variável de acordo com os níveis dos restantes planos.
4 - Plano de fundo - Sons de fraca intensidade, geralmente sobrepostos a outros de nível mais elevado.Cebrián Herreros sintetiza diversas modalidades de montagem sonora:
1 - Montagem narrativa
Exposição seqüencial dos fatos ou ações.
linear, invertida e paralela
2 - Montagem ideológica
Associação que se estabelece pela proximidade sequencial de dois fatos, opiniões ou ideias.
3 - Montagem rítmica - Orienta-se de acordo com os ritmos dos subsistemas que integra.
O cinema nunca foi "totalmente" mudo
Só não tinha fala. Som, sempre teve.
É desconfortável assistir a uma projeção muda, a não que seja pelo interesse histórico.
Acompanhar imagens sem música é incômodo, mas não pelos nossos costumes atuais, na Grécia já existia acompanhamentos
No cinema mudo, um pianista criava os climas nas cenas, improvisando
Nas salas mais afortunadas podíamos até encontrar orquestras inteiras tocando, muitas vezes com partituras originais para o filme.
No séc. XIX, a música tinha duas vertentes:
A absoluta
A programáticaEntre 1915 e 1920 Arnold Schoenberg (1874-1951)acaba com ambas as coisas, criando o dodecafonismo
O que fazer?
O que aconteceu com os compositores que trabalhavam numa linha conservadora, preservando a sinfonia e o poema sinfônico tradicional em suas obras? Foram todos para o cinema.
Ajudados pelo vitaphone, mas que depois foi aperfeiçoado pelo sistema Movietone.
Algumas questões então surgiram:
O que fazer com o som?
Onde ele pode ajudar na narrativa?
Até onde ele é apenas mais um elemento decorativo, como a cenografia?
Assim, começou-se a utilizar o som de duas maneiras:
Como elemento climático e como foco da ação (os musicais).
Charlie Chaplin foi o primeiro que, ainda no cinema mudo, se preocupou com a música certa para a ação corrente, compondo ele mesmo partituras para acompanhar seus filmes.
Sergei Eisenstein
Casablanca
E O Vento Levou
Filmes gangsters e noir
Musicais como Hair, Jesus Christ Superstar
Romeo+Juliet e Across the Universe
Amadeus e ET
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