Microfones
Emile Berliner inventou o microfone em 4 de março de 1877, porém o primeiro microfone usável foi inventado por Alexander Graham Bell. Muitos desenvolvimentos iniciais no desenho do microfone foram alcançados através da Bell Laboratories.
Princípio de operação
Um microfone é um dispositivo que converte vibrações na gama audível (20Hz-20kHz), seja no ar, água ou num material sólido, numa forma de onda elétrica. Na maioria dos microfones em uso as ondas sonoras são convertidas em vibrações mecânicas através de um diafragma fino e flexível e em seguida convertidas em sinal elétrico através de bobina móvel ou por carga e descarga de um condensador. No caso de microfones de condensador estes necessitam de uma tensão de alimentação contínua, chamada de phantom power.
Como funcionam os microfones?
Todos os sons diferentes que ouvimos são causados por diferenças de pressão mínimas no ar que nos rodeia. O que impressiona é o fato de o ar transmitir essas mudanças de pressão tão bem e com tanta precisão ao longo de distâncias relativamente grandes.
Um microfone pega as ondas de pressão variável no ar e converte-as em sinais elétricos variáveis. Há cinco tecnologias diferentes usadas comumente para obter esta conversão:
• Microfones a carvão - o microfone mais antigo e mais simples usava pó de carvão. Esta era a tecnologia usada nos primeiros telefones e ainda em alguns telefones de hoje. O pó de carvão apresenta um fino diafragma metálico ou plástico em um lado. Conforme as ondas sonoras atingem o diafragma, elas comprimem o pó de carvão, que muda sua resistência. Por meio da passagem de uma corrente através do carvão, a mudança da resistência altera a quantidade de corrente que flui.
• Microfones dinâmicos - um microfone dinâmico se aproveita dos efeitos de um eletromagneto. Quando um magneto passa próximo a um fio (ou a uma bobina), o magneto induz o fluxo de uma corrente no fio. Em um microfone dinâmico, o diafragma move um magneto ou uma bobina quando as ondas sonoras atingem o diafragma e o movimento cria uma pequena corrente.
• Microfones de fita - em um microfone de fita, uma fita de pequena espessura é suspensa em um campo magnético. As ondas sonoras movem a fita, o que altera a corrente que flui através dela.
• Microfones a condensador - um microfone a condensador é, essencialmente, um capacitor, em que uma placa se move em resposta às ondas sonoras. O movimento altera a capacitância do capacitor e estas alterações são amplificadas para criar um sinal mensurável. Os microfones a condensador geralmente precisam de uma pequena bateria para fornecer voltagem através do capacitor.
• Microfones a cristal - certos cristais alteram suas propriedades elétricas conforme mudam de formato. Prendendo um diafragma a um cristal, este criará um sinal quando as ondas sonoras atingirem o diafragma.
Directividade
Os microfones podem ser classificados quanto a directividade da seguinte forma:
• Omnidirecionais - Captam o som da fonte não importando a direção em que este chegue a sua cápsula.
• Figura 8 - Captam o som igualmente no eixo da cápsula (0º e 180º), rejeitando o som que chega a 90º e a 270º.
• Cardióides - Captam com maior eficácia os sons emitidos na sua frente, conforme vai se deslocando do eixo central do microfone, sua captação é reduzida. Desta forma, sons vindos de trás não são captados ou são captados com pequena intensidade.
• Super e Hiper-Cardióides - Captam além dos sons emitidos na sua frente, parte dos sons emitidos na parte de trás. Isto é bastante útil para aumentar o ganho do som, sem que haja microfonia.
Principais diagramas direcionais de microfones
Omnidireccional Figura 8 Cardióide Hipercardióide Shotgun
Bibliografia Básica:
ALTEN, Stanley R. Audio in Media. California: Wadsworth, 1990.
ORTRIWANO, Gisela. A Informação no Rádio: os grupos de poder e a determinação dos conteúdos. São Paulo: Summus, 1985.
PRADO, E. Estrutura da Informação Radiofônica. São Paulo, Summus, 1989.
MEDINA, Cremilda. Entrevista – O diálogo possível. São Paulo: Ática, 1995.
Bibliografia Complementar:
BALSEBRE, A. El Lenguaje Radiofónico. Madrid: Catedra, 1994.
MEDITISCH, Eduardo (org). O Rádio na Era da Informação: teoria e técnica do novo radiojornalismo. Florianópolis: Insular, 2001.
KISCHINHEVSKY, Marcelo. O Rádio sem onda: convergência digital e novos desafios na radiodifusão. Rio de Janeiro: E-papers, 2007.
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