Som: características, definições freqüência, amplitude, timbre e dinâmica
É um movimento ondulatório de partículas que se encontram na água, no ar. O som não se propaga no vácuo pois não há partículas para as ondas se propagarem.
Freqüência, amplitude, timbre e dinâmica que podem ser isoladas abstratamente e representadas graficamente. No entanto , sendo impossível isola-las umas das outras, num som concreto, só podem ser percebidas pelos ouvidos humanos de forma relativa, pois se interferem mutuamente afetando a percepção.
Frequência
A freqüência é a medida que corresponde ao número de ciclos completos de compressão/refração que ocorre com a vibração, durante um intervalo de tempo. As freqüências sonoras são percebidas por nossos ouvidos com tons nas alturas, que variam do grave ao agudo. A capacidade de percepção de freqüência oscila de pessoa para pessoa, mas estipulou-se, como padrão de normalidade, que a audição de um adulto jovem tem limites entre 20 e 20 mil ciclos por segundo.
Hertz
É a unidade que determina o comprimento e a freqüência da onda sonora É o número de ciclos completos produzidos num segundo.
1 hertz corresponde a um ciclo completo por segundo
1 KHz corresponde a 1000 Hz por segundo
Limite humano : de 20 a 20 mil ciclos (oscilações) por segundo
ou de 20 a 20KHz por segundo
De 20 a 200 ciclos por segundo ( 20 Hz a 200 Hz) temos os sons graves
De 5mil a 20mil ciclos por segundo (5KHz a 20 KHz) temos os sons agudos
A audição normal envolve : de 250 a 4000 Hz
Freqüência menor do que 20 Hertz - som inaudível
Freqüência entre 20 e 20 mil Hertz - som audível
Freqüência menor do que 20 mil hertz - ultra som
Velocidade do som :
AR: 340 m/s
ÁGUA: 1500 m/s
AÇO: 5100 m/s
* A Velocidade da luz é 1 milhão de vezes maior do que o som
A amplitude refere-se à intensidade do som determinada pela potência da vibração que lhe dá origem. Como no caso da freqüência, é uma medida abstrata, percebida subjetivamente por nosso ouvidos, como o volume de cada som, que varia do alto ao baixo. Os limites da audição humana, em termos de amplitude, foram estabelecidos convencionalmente entre zero e 130 decibéis, respectivamente designados como limiar da audição, correspondente ao diáfano bater das asas de uma borboleta, e ao limiar da dor, sentida nos tímpanos em situações como com pátio de um aeroporto em atividade.
Timbre não pode ser explicado por uma escala numérica simples nem representado por um gráfico unilinear como da freqüência e da amplitude. Isso porque o timbre já não se refere a características elementares, mas antes reflete uma combinação de múltiplas amplitudes e freqüências.
O timbre é o que distingue um instrumento musical de qualquer outro e uma voz humana entre milhões. É explicado pelo fato de que o corpo vibra propagando ondas sonoras de uma determinada freqüência colocando em movimento uma série de ondas sonoras com freqüências diversas. A combinação de freqüências é o que dá o timbre da voz ou de um instrumento musical.
Dinâmica -
A quarta característica básica da estrutura do som é a sua curva dinâmica ou envelope. O envelope refere-se à maneira como o som começa, permanece e termina, relacionando as variáveis de velocidade e amplitude. Qualquer vibração demora um tempo para alcançar o seu pico de intensidade . Mantém-se por um determinado intervalo e decai durante o outro até desaparecer.
A comparação pode ser feita entre sons produzidos por diferentes instrumentos musicais: uma corda de violão tem um tempo de ataque muito curto, atingindo o pico do volume instantaneamente, enquanto um clarinete o ataque é gradual pode ser facilmente percebido; mantê-lo pelo tempo que o instrumentista continuar soprando; o som do violão sofre lento esmorecimento na medida em que a corda pára de vibrar, enquanto o clarinete, o final é mais brusco quando o instrumentista parar de tocar.
O som concreto jamais ocorre isolado, nem tampouco atua num sistema fechado e autônomo como pode fazer parecer a teoria musical. O fenômeno acústico depende do ambiente onde se produz e o é escutado. Quando a vibração original ocorre em ambiente fechado, como numa sala, os ouvidos percebem simultaneamente o som direto e o refletido nas paredes, no chão, no teto e nos demais obstáculos encontrados pelas ondas de sua propagação. Conforme a distância maior ou menor desses obstáculos em relação fonte sonora, som refletido será percebido como integrante do som original ou como eco.
Diferenças entre eco, ressonância e reverberação
Eco : O som refletido pelo que chega ao ouvido com até cinco centésimos de segundo de atraso em relação ao som direto é percebido pelo cérebro como som direto. Se o intervalo entre um e o outro for maior do que isso, a diferença será notada e o som refletido será percebido como eco.
Reverberação : é também produzida pela reflexão do som, mas se diferencia do eco quanto ao efeito: em vez clara e distinta repetição do som, produz uma série de ecos tão rápidos que se sobrepõem uns aos outros, funcionando como um prolongamento. Enquanto o som direto informa o cérebro sobre a localização da fonte sonora, a reverberação informa aproximadamente o espaço em que se dá a audição.
Ressonância : É uma ampliação natural do som , que resulta da reflexão em condições especiais: quando o som é produzido entre superfícies paralelas, como as paredes de uma sala, toda vez que coincidir com o tamanho da onda sonora ( ou múltipla dele ) com a distância entre as paredes, a sala funciona como um amplificador natural que multiplica a intensidade do som.
Na fala humana , a garganta, o céu da boca, os dentes, as fossa nasais, funcionam como um amplificador natural que multiplica a intensidade do som.
As superfícies curvas, tanto em boas salas de espetáculos quanto em instrumentos musicais, como violino, evitam a ressonância indesejável.
Mascaramento dos sons
É a interferência ocasionada por outros sons simultâneos. Ex o volume do rádio regulado para ser agradável na algazarra do trânsito, se transforma em uma agressão aos tímpanos no recolhimento à garagem. O mascaramento também opera por freqüências : tons agudos mascaram mais facilmente outros tons agudos, enquanto não atrapalham tanto os sons mais graves, e vice-versa. Este é o princípio importante tanto na composição musical quanto num programa de rádio.
Bibliografia Básica:
ALTEN, Stanley R. Audio in Media. California: Wadsworth, 1990.
ORTRIWANO, Gisela. A Informação no Rádio: os grupos de poder e a determinação dos conteúdos. São Paulo: Summus, 1985.
PRADO, E. Estrutura da Informação Radiofônica. São Paulo, Summus, 1989.
MEDINA, Cremilda. Entrevista – O diálogo possível. São Paulo: Ática, 1995.
Bibliografia Complementar:
BALSEBRE, A. El Lenguaje Radiofónico. Madrid: Catedra, 1994.
MEDITISCH, Eduardo (org). O Rádio na Era da Informação: teoria e técnica do novo radiojornalismo. Florianópolis: Insular, 2001.
KISCHINHEVSKY, Marcelo. O Rádio sem onda: convergência digital e novos desafios na radiodifusão. Rio de Janeiro: E-papers, 2007.
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